sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sobre o "Método Maçónico"...

Muito se fala e especula sobre o que é e o que será o tão propalado “método maçónico”.
Ele não é mais que um método de busca, estudo e aprendizagem que auxilia o maçom ao longo da sua vida.
Tal como outros métodos de estudo ou de vida, ele não é melhor nem pior, mas é o que o maçom utiliza. O maçom através da sua busca incessante de informação/conhecimento, a procura da dita “Luz”, o leva a questionar os motivos, as razões, os porquês….
“O que é?”, “O que será?”,“ O porquê?” e “Para que serve?” são para os maçons, tal como para os profanos, a base do caminho de suplantação das suas dúvidas, sejam elas mundanas ou mais elevadas.
Ele nunca se irá prender a sofismas e dogmas irrisíveis ou inclusive a cepticismos vãos que o levarão a um caminho de busca sem fim ou qualquer retorno palpável. Ele mesmo, através do seu empenho e trabalho, combate os dogmas instalados sem que tenham razão aparente para existirem.
Ele debate, questiona, aprende, e principalmente procura as razões para tal… Nunca se ficando com “é assim porque tem de ser…” Tal afirmação e suas semelhantes não lhe servem como respostas para as suas dúvidas. Ele quer mais… E por isso procura!
Tal como as três afirmações bíblicas, muito usadas por várias correntes esotéricas (a Maçonaria é uma delas) “Bate e ela se abrirá… Procura e acharás… Pede e receberás…”, é através dessa busca e desejo de conhecimento que o maçom até ao fim dos seus dias será impelido a trabalhar e estudar de forma empenhada, nunca ficando contente ou satisfeito com o que vai obtendo. Ele quer mais e procura/faz por isso! E é essa atitude de não resignação, de “nunca baixar os braços”, que é fundamental para o método maçónico.
“Se tens dúvidas, trabalha para as combater”… Este podia ser um mote de incentivo ao maçom, tal como tantos outros que existem e que guiam ou incentivam o maçom ao longo da sua vida.
Por isso, sempre que alguém ouvir falar de um eventual método maçónico, saberá à partida que se trata de um método de trabalho e não algo de conspirativo como algumas mentes mais “conspurcadas” ou menores como eu as considero, tentam fazer acreditar.

4 comentários:

  1. Estimado Nuno;

    Antes de qualquer comentário – Bom texto, excelente abordagem!

    Agora aqui vai o comentário:

    Creio que afloras-te um dos grandes problemas, não da Maçonaria, mas da nossa Sociedade, Lusitano-Latina, em geral.
    Creio que quem através do método de trabalho, através da busca permanente do conhecimento e do saber fazer, faz a sua caminhada (vida), é sempre visto de “lado”, ou seja é visto como tendo interesses “além” do que devia, ou seja, além do que é considerado “normal”, por isso mesmo têm e deve obrigatoriamente ser visto como “alguém” esquisito e ou membro de alguma “coisa” malévola e ou conspiradora.

    Pior ainda se “esse” “fora de normalização” consegue, através dessa sua busca de conhecimento e do saber fazer, chegar mais além do que “aqueles” que realmente merecem lá chegar, mas nada fizeram e ou fazem para tal.

    Pior do que tudo isto é se “esse tal” (agora já quase “um malandro”) se associa a outros que tal como ele, não se limitam a acertar o “inevitável” (definição feita por quem quer que assim o seja) e por isso mesmo questionam, procuram respostas, tentam saber “o porquê”, buscam soluções e acima de tudo também conseguem, ai então pode-se comprovar tudo o que se diz. Esses que o fazem, sejam Maçons, ou não, mas principalmente os primeiros, são realmente uma corja de conspiradores, membros de seitas Demoníacas, Máfias organizadas, Manipuladores do sistema e Dominadores do poder.

    Claro isto porque apenas conseguem ir mais além do que aqueles que desesperam sem procurar alternativas, daqueles que merecem ter mas que nada fazem para ter, daqueles que até são boa gente mas que coitadinhos não conseguem porque os outros são sempre ajudados e eles nunca o são, daqueles que até estudaram tudo o que havia para estudar e já dominam tudo e mais alguma coisa, mas que perante os que ainda, coitados, continuam a ter necessidade de aprender e continuar uma vida inteira a aprender, são sempre postos de lado.

    Que injustiça Nuno, tudo isto é uma verdadeira injustiça, os Maçons, e aqueles que o não são, mas que até partilham princípios e maneiras de agir, são realmente uns seres Humanos, maus e quem sabe todas as outras tantas coisas.

    Um bem-haja para todos aqueles que, como alguns Maçons e não Maçons, tentam abrir os caminhos da Luz, para aqueles, que permanentemente fazem desta caminhada (vida) uma etapa na escuridão e de obscuridade.

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  2. Boas Marcos...

    Concordo na íntegra com o teu coment.
    Apenas tenho algo a ressalvar e é para o Público em geral.

    A Maçonaria não é uma Ordem de gente perfeita. é sim, de gente humana, com defeitos, com os seus erros.
    O que ela faz ou tenta fazer, é instruir os seus elementos, a procurarem mudar os seus comportamentos errados, a superarem-se na busca de "algo melhor", e principalmente a viverem de forma harmoniosa com os seus restantes concidadãos.
    Se isto for uma busca pela Perfeição, tanto melhor...
    Por isso a Maçonaria não pode aceitar alguém perfeito, pois se o for, essa pessoa não necessitará da Maçonaria para nada. Pois já percorreu o seu "caminho"...

    Abraços

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  3. Um bom texto e igualmente bom comentário para inicio de semana.
    Realmente, a Maçonaria não se destina a toda a gente, muito menos a gente perfeita! Esses já lá não vão fazer nada!
    Por outro lado, como Ordem iniciática que é, não é democrática e tem regras a cumprir, que não podem servir para toda a gente, mas também não será só para iluminados, mas sim para quem consegue o despertar de qq "coisa". Boa semana de trabalho para todos.

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  4. Boas Candido ...

    é isso mesmo! ;)

    abraços e boa semana...

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