quarta-feira, 30 de março de 2011

Sugestão Literária (3)…


Hoje trago-vos o livro “Salazar, o Maçon” de José da Costa Pimenta.
  Este livro é uma obra interessante do ponto de vista em que sugere a teoria de que António de Oliveira Salazar teria ligações à Maçonaria Portuguesa.
  Nos vários capítulos do livro, o autor aborda e analisa várias situações decorrentes do comportamento e forma de agir de Oliveira Salazar; que segundo o autor, denunciariam a sua suposta pertença à Ordem Maçónica. Quanto a provas e confirmações desta teoria, não há nada que o comprove a não ser as ideias do autor.
  Sabe-se que Oliveira Salazar teve uma relação forte com a Igreja Católica, devido à sua educação e formação pessoal, bem como à sua enorme amizade com o Cardeal Cerejeira, pessoa importante no regime do Estado Novo.
Todos sabemos que a Maçonaria foi bastante discreta durante o Estado Novo, fruto de alguma perseguição por parte da P.I.D.E., mas nada existe a comprovar uma relação directa entre esta e alguma opinião pessoal anti-maçónica por parte de Oliveira Salazar.
  Do que li, nada me fez chegar à conclusão de que Oliveira Salazar foi efetivamente maçon a não ser algumas coincidências comportamentais em certas ocasiões, algumas contudo retiradas por certo, do contexto de onde sucederam para poderem justificar a opinião do autor (minha opinião).
  De facto, o livro é interessante apenas devido às congeminações feitas pelo autor e principalmente pelo apêndice final, em que vêm publicadas várias supostas fórmulas de reconhecimento entre maçons de vários graus, desde o primeiro grau ao trigésimo terceiro grau do Rito Escocês Antigo e Aceite. Algo que para profanos é sempre mais um ponto de interesse. Não posso confirmar se na realidade estas fórmulas de reconhecimento são verdadeiras, pois não conheço grande parte dos graus deste rito, mas mesmo que os conhecesse, nunca eu os poderia revelar ( por razões óbvias).
  No seu todo e na minha honesta opinião, acho o livro um pouco pobre de conteúdo, isto é, o autor mistura vários contextos maçónicos sobre variadíssimos graus como se fosse tudo a mesma coisa. (Não percebo qual a sua intenção ao efectuar tal confusão, só decorrendo a mesma da sua iliteracia maçónica, por suposto). Para além de que, esta obra não traz nada de novo a um género literário já tão cheio de supostas teorias que apenas fomentam a desinformação ou confusão entre os leitores. Sendo por isso, que ficará ao critério dos leitores desta obra; se a informação revelada por Costa Pimenta é real e factual ou não.
  No fundo, parece-me em meu entender que o autor ao querer revelar per si supostos rituais maçónicos, utilizou o nome de Oliveira Salazar apenas como mote para publicitar o seu livro.
Fica aqui a minha sugestão literária:  “Salazar, o Maçon” de José da Costa Pimenta, Bertrand Editores.
A ler…

segunda-feira, 28 de março de 2011

Grande Sessão de Equinócio da Primavera 2011…

   Foi realizado este fim de semana num local a coberto de profanos e a oriente de Braga, a Sessão de Equinócio da Primavera da Grande Loja Legal de Portugal.
  Nesta sessão para além de se tratarem de temas respeitantes à vida interna da Obediência, foram também investidos os novos Grandes Oficiais para o mandato do atual Grão-Mestre, o Muito Respeitável Irmão José Moreno.
  Aos meus queridos Irmãos, desejo um mandato frutuoso e auspicioso, à Gloria do Grande Arquiteto do Universo.
  Para eles, um Triplo Abraço Fraternal…

domingo, 27 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tronco da Viúva...

  O Tronco da Viúva é também designado por “Tronco da Beneficência” ou “Tronco da Solidariedade”.
  Ao Tronco da Viúva são lhe atribuídas várias origens, pelo que uma das mais assumidas pela Maçonaria tem origem bíblica.
Hiram Abiff, mestre construtor do Templo de Salomão era filho de uma viúva. Mestre esse, que foi assassinado por três companheiros seus, por não querer divulgar os segredos de construção a que estava sujeito como mestre-de-obras. Esse assassinato veio mais tarde a originar uma das mais importantes lendas da Maçonaria; a qual está na base da maioria dos ritos maçónicos atuais. Advindo dessa lenda, o epíteto de “Filhos da Viúva”, com que se costumam designar os Maçons.
O facto de se designar por “tronco”, deve-se ao facto dos trabalhadores afectos à construção do Templo de Salomão, os Aprendizes e Companheiros, receberem os seus salários ao final do dia, junto às colunas do Templo. Para além de que etimologicamente, “caixa de esmolas” na língua francesa também se designar por “tronc”.
Sendo que o termo “Tronco da Viúva”, simboliza também uma (caixa de) esmola para socorro e auxílio das esposas (e filhos menores) de Irmãos falecidos.
  Em Loja é o Mestre Hospitaleiro que está encarregado de fazer circular o Tronco da Viúva. Tronco esse, que em dado momento litúrgico de uma sessão maçónica, circula pelos Irmãos para que possam efetuar o seu óbolo na medida em que tal lhes seja possível.
Cabe ao Mestre Hospitaleiro e ao Mestre Tesoureiro, cuidarem para que ele se encontre numa situação-equilíbrio para que se possa prestar o auxílio necessário a quem dele reclamar. E como tal, o Tronco da Viúva não se quer nem muito cheio nem muito vazio. Se o mesmo se encontrar vazio, é porque as doações não serão significativas, correndo-se o risco, de se não se auxiliar quem dele necessitar numa situação imediata. Mas se ele se encontrar cheio, é porque quem necessitar de auxílio, não o estará a receber na devida forma.
Sendo que um dos deveres do Mestre Hospitaleiro é o de bem aconselhar o Venerável Mestre sobre os fins a darem às importâncias obtidas na circulação do Tronco da Viúva em Loja. A quem ou a quais, sejam Irmãos ou Instituições Sociais de que os necessitem.
  Essa também é uma das funções sociais da Maçonaria. Ajudar outras instituições carenciadas que necessitem de auxílio; não procurando o Maçon o reconhecimento de tais atos, pois a soberba não deve existir nas suas ações. O Maçon assim faz, porque simplesmente acha de que o deve fazer, não porque procura méritos ou benefícios com isso. Sendo que, por não se procurar reconhecimentos ou assumir falsos méritos, é que a caridade maçónica sob a forma de tronco, é feita de forma reservada, nunca devendo um Maçon mostrar o que deposita no Tronco da Viúva. Quem procurar reconhecimento, deve procurar outro sítio para fazer a sua solidariedade, a sua caridade.
  O Tronco em si mesmo, é uma forma de Solidariedade, ele lembra ao Maçon, que a beneficência e a solidariedade devem estar presentes ao longo da sua vida, fazendo ambos parte dos deveres do Maçon. Além de que, na circulação do Tronco da Viúva em Loja se relembrar ao Maçon que ele deve ser generoso e caritativo. Por isso, quando um Maçon faz o seu óbolo, ele deve dar um pouco de si também. Mas nunca com o pensamento de que um dia se necessitar, terá algo a que se “agarrar”. O Tronco da Viúva não serve de ”almofada” para os Maçons. Não devendo eles se aproveitarem da sua existência, para mais tarde o utilizarem sem razão aparente.
Quando um Maçon faz a sua entrega, a sua dádiva para o Tronco da Viúva, a única coisa que deve ter em mente, é o de partilhar um pouco de si mesmo e do que tem com os demais Irmãos.
  Mas apesar de não ser uma obrigação principal da Maçonaria, pois a mesma não é uma IPSS, cabe ao Maçon ter um espírito solidário com quem dele necessite. Por isso mesmo, a missão do Tronco da Viúva, é a de ajudar um Irmão que necessite de auxílio.
Mas para alguém puder ser ajudado, é também necessário que o Irmão em causa reconheça a sua necessidade de auxílio. Mas, nem sempre quem precisa de ajuda, o solicita. A vergonha ou inclusive o orgulho, são em grande parte dos casos, o “travão” pessoal à procura de auxílio. Quem precisa de ajuda, deve por para “trás das costas” tais sentimentos, pois agindo assim, corre o sério risco de perder toda a ajuda que necessitar. E hoje em dia, devido à forma acelerada de como vivemos as nossas vidas, nem sempre nos é possível perceber quem necessita da nossa ajuda.
  Todos nós em certas alturas da Vida, passamos por momentos em que fraquejamos ou que a nossa força mental não nos consegue ajudar a suportar o dia-a-dia.
 É principalmente nesses casos que o Maçon deve ajudar os seus Irmãos. Tentando se aperceber com a sua iluminação, quem necessita mais dele. Mas essa ajuda nem sempre deve ser (ou pode ser…) financeira mas antes moral ou espiritual, pois nem todas as carências de um Irmão são pecuniárias ou materiais. Muitas vezes apenas alguém necessita de uma palavra de inspiração, uma “palmada nas costas” ou um simples gesto de afeto e carinho. Tais gestos com certeza não podem ser depositados num saco, devem-no antes ser entregues (pessoalmente) ao Irmão necessitado. É amparando o seu irmão, que o Maçon lhe demonstra a sua solidariedade e vive o espírito de fraternidade que a Maçonaria lhe oferece.
  Tal como afirmei anteriormente, a Maçonaria não é uma IPSS. Antes é uma Instituição que promove a Solidariedade, a Beneficência, a Fraternidade. E como tal, a sua principal missão é ser solidária com os seus membros/Irmãos. Sendo assim, não deve uma Loja virar as costas a um Irmão que esteja em apuros, devendo antes, correr em seu auxílio e o amparar na resolução dos seus problemas. E é para isso que fundamentalmente existe o Tronco da Viúva.
 A única obrigação que ele tem, é a de ser bem utilizado!
Disse.                                                    

terça-feira, 15 de março de 2011

Tragédia no Japão...

Neste tempo triste, em que diariamente vemos e revemos nas TVs, a tragédia que assolou o Japão, devemos manter os nossos pensamentos dirigidos para as pessoas que sofreram com este desastre natural.
Assim meus queridos Irmãos sugiroque na Cadeia de União das nossas sessões de Loja,os nossos pensamentos estejam com eles...

sábado, 12 de março de 2011

Sugestão Literária (2)...


Desta vez venho sugerir um livro lançado no ano passado (2010) pela Editora "Diário de Bordo", que trata sobre a nossa Augusta Ordem, e que tem um  tema homónimo ao título do livro, A Maçonaria Regular.

Este livro tem o apoio da Grande Loja Legal de Portugal/Grande Loja Regular de Portugal, sendo  autores de alguns dos seus textos nada mais, nada menos que dois Ex-Grão Mestres, os Muito Respeitáveis Irmão José Manuel Anes e Irmão Mário Martin Guia,  o atual Grão Mestre, o Muito Respeitável Irmão José Moreno (Irmão do Quadro de Obreiros da Respeitável Loja a que pertenço e da qual me orgulho em pertencer)  e o Grão Prior/Grão Mestre Nacional da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa do Grande Priorato Independente da Lusitânia, o Muito Respeitável Irmão, Nuno Nazareth Fernandes.

O livro aborda as origens da Maçonaria atual ( também designada por Maçonaria Especulativa), os Ritos com maior expressão na GLLP/GLRP (O Rito Escocês Antigo e Aceite, o Rito de York e o Rito Escocês Retificado), bem como uma entrevista ao Past-Grão Mestre, onde o entrevistado dá amplas explicações sobre os deveres de um Maçon e qual a finalidade da Maçonaria e seu campo de ação.
Tem também no seu epílogo, uma breve referência final a alguns  Irmãos Maçons ilustres que já se encontram no Grande Oriente Eterno.

É um livro muito bem ilustrado, com imagens muito sugestivas sobre a Arte Real, a arte dos Maçons.

Posto isto, só falta mesmo recordar o seu título:

"Maçonaria Regular", Edição de "Diário de Bordo".


Post Scriptum: Em jeito de Agradecimento, não podia deixar de fazer referência ao MQI\, P\R\, pela sua generosidade e enorme simpatia, em me ter oferecido este livro.
Muito Obrigado, Meu Irmão. TAF

sexta-feira, 4 de março de 2011

"THE PATH... "

Todos os caminhos têm um início e um fim, mas principalmente e o que é realmente importante é o que se faz no seu percurso.
As ações realizadas, as decisões tomadas e o espaço/tempo percorrido, serão certamente a sua raiz principal.
Independentemente do seu trajeto ter um "bom" início, se a meio tivermos decisões ou opções erradas, o seu final nunca será o melhor ou o tal que foi ambicionado atingir.
Cabe ao Homem com o seu "livre arbítrio" tomar as melhores decisões e exigir de si próprio o seu melhor, por forma a que possa atingir a meta traçada, pelo roteiro delineado; tendo apenas como obrigações a persistência, a perspicácia, a ambição e o respeito pela integridade do próximo para que consiga chegar ao fim do seu caminho.
Qualquer Homem que assim agir, certamente que terá um caminho auspicioso e mesmo que infelizmente a viagem não corra bem, se tiver seguido estes "pergaminhos", o percurso realizado nunca terá sido em vão... mesmo que não atinja o seu fim.