O Caminho, este carreiro
sinuoso que diante de nós
se apresenta, sem ter sido (sequer) chamado,
se apresenta, sem ter sido (sequer) chamado,
mas não por nós
recusado, repleto de altos e baixos,
tal como a sinusoidal
linha da Vida,
(o) será (in)conscientemente completado.
Caminho este feito de
partidas e chegadas,
repleto de andanças e debandadas...
repleto de andanças e debandadas...
Em que para entrar temos
de, primeiro, sair,
numa amplitude de
movimentos que sigam
de fora para (nós
a)dentro...
Porque somente dessa forma
conseguiremos
exteriorizar o que (nos)
vai no nosso íntimo...
Esta é uma Via tal em
que para caminhar
temos de nos erguer,
temos de nos erguer,
pois somente de pé e
completamente à ordem,
poderemos vislumbrar o
que existe para lá
do que a nossa vista
alcança.
Observar não é ver...
Caminhar não é andar...
Estarmos de pé não é o
mesmo que nos
encontrarmos erguidos...
Cada um fará a escolha
que lhe aprouver...
É livre para tal
escolha!
Mesmo que (in)consequente,
ela será sempre voluntária!
Já que cada percurso é
um diferente caminho,
tomado por cada um e por uma diferente
estrada,
cada qual com o seu ponto de partida
e com a
sua pessoal meta;
apenas cruzando outros
caminhos,
também estes com as suas
curvas e contracurvas;
enquanto Uns vêm e Outros
vão,
e nós circulando pelas triangulaturas
das quadrículas dos entremeios...
De (várias) tonalidades
cinzas ele é decorado, pois
nem tudo é (ou pode
ser...) preto ou branco.
A sua amplitude e
comprimento são extensos demais
para ser tão pouco
colorido!
Ouvindo-se a cada
passada dada apenas o ruído
emanado pelo silencioso
canto dos pássaros;
já que estes nunca
abandonam Os que caminham...
E assim se percorre este
Caminho...
Que apenas se encontra
disponível para
Quem se queira transpor...