quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Visitando a Quinta da Regaleira (9)...


A "Arca de Noé", num pórtico exterior pertencente à igreja cristã, neo-templária da Quinta da Regaleira.


sábado, 30 de julho de 2011

Sobre o “assassino” de Oslo…

No decorrer desta semana, tenho assistido ao que já se denomina o “Massacre de Oslo”. O que me causou uma enorme tristeza e compaixão pelos falecidos.
Mas mais desolado fiquei, quando tive conhecimento que o seu perpertor, o norueguês Anders Breivick era um iniciado maçom. E digo era, porque já não o é! (E ainda bem!!!)
Logo após este trágico acontecimento, a Grande Loja da Noruega já veio  assumir a público a filiação maçónica e expulsão de Anders Breivick .
É este tipo de gente que devido aos seus atos que mancham a reputação da Ordem Maçónica.
Como pode ter tal personagem ter sido iniciado na Maçonaria?! Pois, de facto todos nós nos questionamos.
Se foi cooptado através de um “Processo de Inquirição” mal executado e de fraca qualidade?
Se conseguiu através de “malabarismos” vários, enganar os seus Inquiridores e Irmãos?
Se à época da sua Iniciação, era ainda uma pessoa dita “normal”? E só posteriormente veio a tornar-se no tresloucado que é? (Uma pessoa normal não comete assassínios, muito menos em massa…)
Mas existem uma multitude de possibilidades de resposta que só o próprio poderá assumir qual a real.
O que interessa de facto, é que Anders Breivick “poliu” muito mal a sua pedra bruta.
O problema é que durante o tempo que permaneceu na Maçonaria e a frequentar a sua respeitável Loja, não se moldou no seu carácter e nem se tornou uma pessoa melhor. Tanto ele andou por lá a perder o seu tempo (isto se não tinha segundas intenções) como fez perder tempo aos demais.
A Maçonaria Regular (no caso a da Noruega) defende a Liberdade dos Povos, de Credos e Religiões, e afasta-se de qualquer discussão política partidária em Loja. O que só por si, deveria ter levado a Anders Breivick a afastar-se da Maçonaria. Apesar dos ritos praticados na Noruega serem essencialmente de cariz cristão, a Maçonaria não renega outras confissões religiosas, e sendo o indivíduo, um cristão ferrenho e fanático, que não reconhece o direito à existência de outras religiões, bem como ser de extrema-direita, logo alguém pouco ou nada tolerante. E principalmente, ser xenófobo. Tudo aquilo que é contrário ao espírito maçónico.
Cada vez mais este tipo de erros de casting acontece, o que devia levar a uma melhor consciencialização de quem inquire, de quem convida e principalmente da respeitável Loja que acolhe. É este tipo de gente, que depois desonra os demais irmãos cumpridores da Lei, Liberdade e da Justiça. Que se vêm depois expostos na praça pública como pactuantes com este tipo de gente. Nada de mais errado!!!
Tanto que, assim que se soube da filiação maçónica do assassino de Oslo, a própria obediência veio a público condenar tais actos e lhe deu ordem de expulsão.
Mas mesmo que a Obediência não o expulsasse, duvido que ele continuasse a ser “maçom”, e digo duvido, porque para alguém o ser, tem de ser reconhecido como tal pelos demais. Logo, não acredito que os demais maçons no mundo inteiro o reconhecessem como irmão.
Eu pelo menos, não!!!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Para escutar (8)...



Hoje o cantor do dia é o Irmão Leonard Cohen, com a sua "Master Song".
Espero que gostem, pois eu gosto. :)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sugestão Literária (7)...



Hoje trago-Vos um livro em que o seu enredo principal se passa à volta de uma Iniciação numa Ordem secreta de carácter esotérico.
Os Iniciados em qualquer Ordem que sejam, reconhecerão ou pelo menos encontrarão algumas similitudes com as suas próprias iniciações, tais as provas prestadas pelo neófito no livro.
A escrita do livro é de fácil entendimento e a energia que nos cria e a ansiedade de saber o seu desfecho é tal, que assim que o comecei a ler, não mais parei até atingir o seu epílogo. Coisa que fiz num só dia, tal a pequenez do seu tamanho.
Gostei bastante deste livro. E como tal, aconselho veramente a aquisição ou leitura do mesmo.
“A Ordem Secreta”, de Bruno Miguel Nunes, Editora Ideias&Rumos Lda.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sobre o "Método Maçónico"...

Muito se fala e especula sobre o que é e o que será o tão propalado “método maçónico”.
Ele não é mais que um método de busca, estudo e aprendizagem que auxilia o maçom ao longo da sua vida.
Tal como outros métodos de estudo ou de vida, ele não é melhor nem pior, mas é o que o maçom utiliza. O maçom através da sua busca incessante de informação/conhecimento, a procura da dita “Luz”, o leva a questionar os motivos, as razões, os porquês….
“O que é?”, “O que será?”,“ O porquê?” e “Para que serve?” são para os maçons, tal como para os profanos, a base do caminho de suplantação das suas dúvidas, sejam elas mundanas ou mais elevadas.
Ele nunca se irá prender a sofismas e dogmas irrisíveis ou inclusive a cepticismos vãos que o levarão a um caminho de busca sem fim ou qualquer retorno palpável. Ele mesmo, através do seu empenho e trabalho, combate os dogmas instalados sem que tenham razão aparente para existirem.
Ele debate, questiona, aprende, e principalmente procura as razões para tal… Nunca se ficando com “é assim porque tem de ser…” Tal afirmação e suas semelhantes não lhe servem como respostas para as suas dúvidas. Ele quer mais… E por isso procura!
Tal como as três afirmações bíblicas, muito usadas por várias correntes esotéricas (a Maçonaria é uma delas) “Bate e ela se abrirá… Procura e acharás… Pede e receberás…”, é através dessa busca e desejo de conhecimento que o maçom até ao fim dos seus dias será impelido a trabalhar e estudar de forma empenhada, nunca ficando contente ou satisfeito com o que vai obtendo. Ele quer mais e procura/faz por isso! E é essa atitude de não resignação, de “nunca baixar os braços”, que é fundamental para o método maçónico.
“Se tens dúvidas, trabalha para as combater”… Este podia ser um mote de incentivo ao maçom, tal como tantos outros que existem e que guiam ou incentivam o maçom ao longo da sua vida.
Por isso, sempre que alguém ouvir falar de um eventual método maçónico, saberá à partida que se trata de um método de trabalho e não algo de conspirativo como algumas mentes mais “conspurcadas” ou menores como eu as considero, tentam fazer acreditar.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As Colunas na Arte Real...




À entrada de um Templo ou Loja Maçónica encontram-se em permanência duas colunas que simbolizam as colunas do pórtico de entrada do Templo do Rei Salomão, na Antiga Israel. As colunas Boaz e Jachin.

Boaz era avô do bíblico Rei David, e Salomão, seu bisneto, o glorificou nomeando a coluna da esquerda com o seu nome. Boaz é por sua vez também, a palavra hebraica que significa “força”.

Jachin, a coluna da direita, tem a sua origem numa pequena corruptela que deriva da junção da letra “Iod”, simbolizando Deus (“Jah/Yahvé”) com a palavra hebraica “Ahkin” que significa “estabeler”.

Cuja interpretação da leitura das colunas se poderá entender como Deus estabelecerá (o seu reino) na força”. Existindo aqui a clara impressão da presença do deus (Yahvé) do Antigo Testamento, um deus todo-poderoso, implacável e pouco tolerante com os erros dos seus seguidores, contrastando com o mesmo deus do Novo Testamento, este já, um Deus do Amor e da Paz.

  Todavia, existe também uma lenda enoquiana (pré-diluviana) que aborda a criação de duas colunas preparadas cada uma de um material específico de tal forma que uma resistisse à água (em argila) e outra ao fogo (em pedra) e que dessa forma não se perdessem através dos tempos...; e que no seu interior oco foram guardados vários textos que continham a sabedoria existente à época. Essas colunas designam-se por “Colunas de Seth”. O próprio reverendo James Anderson, nas suas “Constituições dos Franco-Mações” as tinha relembrado no contexto da “Lenda do Ofício”, em particular no Canto dos Mestres. E a Maçonaria atribui-lhes também uma particular importância.

Diz-se que os maçons encerram nas suas concavidades interiores, todos os seus segredos e sabedoria. Logo, eles não estarão à vista de qualquer um, mas somente de quem os saiba correctamente interpretar.

São essas as colunas que sustentam a nossa Ordem, pois ao “guardarem dentro de si” a sabedoria e conhecimento maçónico, obrigam a que os obreiros ao partirem a sua pedra (estudar/trabalhar), possam atingir essa sabedoria oculta no seu interior.

Quem ao entrar numa catedral, nunca reparou nos belos entalhes na pedra, símbolos esses do legado maçónico dos artificies pedreiros que na pedra, gravaram os seus conhecimentos e símbolos e que até hoje persistem nessas construções.
 

  Mas, ultrapassando a questão da existência simbólica e da simbologia da nomenclatura das colunas, no Templo Maçónico elas se encontram também tal como no Templo de Salomão, na sua entrada. Sendo por entre elas que os Obreiros efectuam a sua entrada em Loja. Admitindo-se desta forma, que elas formam uma espécie de portal imaginal para outra dimensão. Quando um Obreiro as ultrapassa, entra num novo mundo, a sua Loja Maçónica.

  Em Loja, existem também outras colunas.

  As colunas humanas, a Coluna do Norte e a Coluna do Sul, onde têm assento os irmãos Aprendizes (N) e os irmãos Companheiros (S). (os irmãos Mestres têm assento em ambas as colunas, ficando apenas localizados à frente dos restantes irmãos). E cada uma delas, depende de um Vigilante. A coluna do Norte tem como seu oficial o “Segundo Vigilante”, e a coluna do Sul, o “Primeiro Vigilante”.

As colunetas de Ordem Grega (Jónica, Dórica e Coríntia) que se encontram sobre o Pavimento Mosaico, e que representam as três Luzes da Maçonaria, a “Sabedoria”, a “Força” e a “Beleza”. 

As colunas zodiacais, que simbolizam os doze signos do Zodíaco e que se encontram espalhadas em partes iguais nas colunas do Norte e do Sul.
E finalmente, a Coluna da Harmonia, onde tem assento o Mestre da Harmonia. Irmão esse, que se encontra encarregado de “iluminar” o Templo com a sua arte musical.
E assim ficaram descritas as colunas maçónicas, cada uma no seu género, mas todas ligadas entre si…

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sugestão literária (6)...



Venho mais uma vez sugerir um livro de Christian Jacq. Livro este que foi um dos vários que me acompanharam durante este período de férias em que também estive ausente das lides blogueiras, mas nunca esquecendo o “maço e o cincel”. Instrumentos que me fazem companhia em permanência
Desta feita, o livro aborda a conversa entre dois indivíduos que visitam uma catedral europeia e que se cruzam e conhecem por acaso, na medida em que um vai explicando/iniciando o outro nos mistérios encerrados nessa catedral.
A nível simbólico considero este livro excelente, pois mostra-nos "formas" de observar determinados símbolos; os quais  normalmente não os veriamos dessa maneira. Criando assim uma ideia mais íntima entre o leitor e a vasta simbologia que aparece no livro. Sendo por isso que considero também este livro como enriquecedor e uma mais-valia na biblioteca de quem se interessa por esoterismo ou pelo estudo dos símbolos.
“A Viagem Iniciática, os Trinta e Três degraus da Sabedoria”, de Christian Jacq, Editora Pergaminho, Coleção “O Homem e a História”.


sábado, 11 de junho de 2011

Férias

Vou estar de férias até ao fim do mês, por isso deixo-Vos a seguinte reflexão:
" O verdadeiro Maçom, é aquele que trabalha a sua pedra e a aperfeiçoa".

Independentemente de sermos profanos ou iniciados, não custa nada ter este tipo de conduta.
Só assim poderemos evoluir como Homens que somos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Prancha de Traçar"

Uma Prancha de Traçar”, ou “Prancha Traçada” como também é costume se designar, pois é o resultado final que é avaliado, não é mais do que um trabalho efetuado por um maçom. Independentemente do material do qual é elaborado ou tema abordado, ela é sempre de extrema relevância no processo de aprendizagem e formação do maçom bem como no seu trajeto pelos vários graus do rito que pratique.

  O facto de se designarem por Pranchas de Traçar, os trabalhos apresentados em Loja e executados por Maçons, é originário da Maçonaria Operativa, a maçonaria dos artífices pedreiros da época da Idade Média.

Era nas suas pranchas que eles desenhavam as plantas dos imóveis, criavam os seus projetos de construção e montavam a maqueta da construção a realizar. Algo que nos dias de hoje, é efetuado pela classe dos arquitetos (provindo dessa classe outra designação pela qual também é conhecida a prancha de traçar, a “Peça de Arquitetura”).

 É através da execução de pranchas que o maçom toma um maior contato com a vasta simbologia maçónica e a interpreta à sua própria maneira. Ele nas suas pranchas, emprega o seu cunho pessoal e a sua noção sobre os vários assuntos ou temas maçónicos em análise.

Qualquer assunto é passível de ser traçado numa prancha, devendo apenas o mesmo ser executado através de um método de estudo e pesquisa sobre o tema, de forma a completar ou inovar o que já existe sobre a matéria em análise, ou se possível, criar algo novo que ainda não exista comentado ou feito, nomeadamente no caso de pranchas em que a pintura ou a música são a temática central.

  Todas as pranchas são passíveis de serem comentadas, apesar de ser costumeiro se afirmar que “prancha de Mestre não se comenta”, as críticas e comentários existem à mesma, nem que seja para assertivar ou elogiar o Irmão que a executou para além do tema que serviu de base à construção da prancha. Já em relação às pranchas dos Aprendizes e Companheiros, essas recebem as críticas necessárias à formação dos mesmos, na medida em que tal seja necessário.

  E tal como a construção mais simples é fruto de uma intensa pesquisa e enorme trabalho no seu desenvolvimento, também as pranchas dos pedreiros, agora “livres”, são executadas com o mesmo sentido de responsabilidade e labor. Sendo que a prancha a realizar, independentemente do seu tema, dever acima de tudo conter as três grandes qualidades maçónicas, “Força, Sabedoria e Beleza”.

“Força”, porque deve ser forte o suficiente para ficar impregnada na alma do maçom; “Sabedoria”, porque uma prancha deve conter informação relevante que ensine os demais; e “Beleza”, porque neste mundo nada pode ser forte e sapiente, se não encerrar em si algo de belo.

  Agora se esta prancha que eu “tracei” engloba as qualidades maçónicas, só os leitores o poderão afirmar… 
Disse.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O "Segredo Maçónico"...

  Muito se fala e especula sobre o segredo maçónico. O que é, o que será e o que representa.
Ele não é mais que uma conduta de Vida. E como tal não tem nada de segredo ou escondido.
  O tal segredo, como se costuma designar, é a forma de como o Maçom vive a sua vida. A forma como respeita, tolera, ama e se solidariza com o seu próximo, é que é a parte prática do segredo; pois a parte teórica está ao alcance de qualquer Homem se assim o pretender conhecer. São as boas normas de conduta moral e social que guiam o Maçom no seu dia-a-dia. E isso não tem nada de segredo, basta os curiosos atentarem na forma de estar e viver dos Maçons para perceberem afinal de que de segredo não há nada. O único segredo é de que tudo está à vista de todos, e tal como o ditado, “quanto mais à vista, menos se vê”, assim está o segredo maçónico. Tudo o resto, com trabalho, empenho e estudo é fácil de se descobrir
  A vasta literatura maçónica que encontramos ora seja em livrarias especializadas ou na internet, nem sempre é fidedigna; pois a sua maioria é escrita por profanos, que por sua vez, também eles, têm um contato muito superficial e limitado com os mistérios da Ordem; advindo dessa restrição, a impossibilidade de providenciarem informação correta e fatual.
Uma grande parte dos rituais, palavras de passe e sinais que “pululam” por esse mundo fora, podem inclusivé não serem verdadeiros, ou o sendo, estarem desatualizados face aos dias de hoje. Causando dessa forma, enorme confusão aos detratores da Maçonaria, sobre quais afinal serão os seus segredos e mistérios.
  Apesar do core secret ser a “conduta do maçom”, tal como já afirmei, existem também “segredos” (ou neste caso concreto, informações) que devem ser conservados apenas entre Maçons.
E são para ser conservados tais segredos, porque fazem parte de um comprometimento pessoal em os honrar; e um maçom como pessoa honrada que deve ser, assim o deve escrupulosamente cumprir.
Os tais segredos que a maioria dos curiosos quer saber, mas que lhes estão vetados ao conhecimento (e passo a explicar o porquê) são:
Ø  Não revelar a condição de um Irmão maçom a profanos, porque dessa revelação poderão advir sérios prejuízos ao Irmão em causa, fruto da ignorância e malvadez de gente mal informada sobre o que trata a Ordem Maçónica.

Ø  Não revelar os rituais maçónicos e/ou cerimónias onde os mesmos são executados. Porque o seu conhecimento e execução poderão não ser compreendidos por quem receber essas informações, bem como, se os recipiendários, não sendo maçons, nada fariam de interessante ou fenomenal com essas informações.
Mas fundamentalmente, porque tais rituais e cerimónias não devem ser de domínio público, porque quaisquer cerimónias e rituais executados devem ser sentidos e vividos por quem os executa e vivência. Logo, se tornaria irrelevante o seu conhecimento ao público em geral, que não os interpretaria da melhor forma.


Ø  Não revelar o que se passa no seio de uma sessão ritual maçónica, nem quais os maçons nela presentes. Uma vez que, se outros guardam para si o que fazem nas suas casas, porque não os maçons poderem fazer o mesmo na sua casa?!
Não terão eles esse direito também?!
No fundo, é uma questão de “justiça social” ser respeitada a privacidade das reuniões de maçons. Porque para além de também eles, respeitarem a privacidade de outras organizações e particulares. Também o público em geral assim o faz.
Se o “direito à reserva de intimidade” existe para ser cumprido, então que seja por todos!

Ø  Não revelar as formas de identificação e reconhecimento entre maçons. Porque sendo algo do seu foro íntimo, deve ser respeitado como tal. E porque acima de tudo, a sua função serve apenas para reconhecimento de e entre Irmãos e nada mais. E uma vez que não se deve revelar a identidade de um irmão maçom a profanos, logo se for do conhecimento geral as formas de reconhecimento, facilmente se saberá quem é maçom e quem não o é. E se em Liberdade e Democracia isso é de somenos, em regimes ditatoriais, isso seria bem nefasto aos maçons. Pois quem defende valores de Igualdade, Fraternidade e Liberdade, não costuma ser bem tolerado nesses países.

Ø  E finalmente não revelar a outro Maçom, informação referente a grau superior ao que ele se encontrar. Porque para além de retirar o efeito surpresa ao Irmão em causa, na execução dos rituais do grau em questão, estará também a fornecer conhecimentos que possivelmente não lhe sejam inteligíveis. Ou seja, se a um maçom lhe for fornecida informação de um grau superior, ele não a saberá interpretar corretamente, para além de não a executar ritualmente na forma devida. O que ao contrário de melhorar a sua “cultura maçónica”, só o irá “prejudicar” na sua formação e caminhada como maçom.

Quanto ao resto, isso eu não posso contar, porque é “segredo”

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sugestão Literária (5)...


Hoje trago-vos como sugestão de leitura, um livro do Professor José Manuel Anes sobre a Quinta da Regaleira.
Este é um dos livros dos quais não me fiquei por uma leitura apenas. Pois acho este livro bastante interessante, para além de trazer à luz alguma da principal simbologia contida na Quinta da Regaleira.
O livro também dispõe de um acervo fotográfico bastante interessante e revelador do interior da quinta, do palácio e dos seus jardins.
(Para os mais “distraídos”, aproveito para relembrar que tenho também por aqui publicado uma série de fotografias sobre a Quinta da Regaleira.)
O professor José Manuel Anes é uma das maiores autoridades nacionais no que toca a abordar a Mansão Filosofal que é a Quinta da Regaleira; uma das poucas mansões com estas características no mundo inteiro. Permitindo este livro, que se obtenham informações credíveis e fidedignas.
Aqui fica:
"Os Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira”, José Manuel Anes, Ésquilo Editora"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Maçonaria, secreta?!

Ouço com bastante frequência por parte de profanos, a afirmação de que a “Maçonaria é uma sociedade secreta”.
Afirmação essa com a qual discordo na íntegra.
(Sendo este texto o primeiro de uma série de três sobre este assunto).
A Maçonaria na sua essência é uma associação fraternal e universal, de carácter iniciático-progressivo, e com uma vertente  filantrópica e social, que promove a Liberdade, Igualdade e a Fraternidade entre os Homens, mas discreta! Isto é, uma associação não secreta mas com segredos. (Que abordarei noutro texto).
Ora se existe a ideia generalizada da secretecidade da Maçonaria, então ela como instituição dita secreta, não estará a tomar os cuidados e a reserva necessária para se proteger.
Nada de mais errado !!!
A grande maioria das Obediências Maçónicas (ex:  GLLP/GLRP), Respeitáveis Lojas (ex: RLMAD ) tem páginas oficiais na internet, os seus dias de reunião encontram-se publicados em jornais e publicações várias, existem vários documentários feitos e televisionados; no YouTube existem vários clips de video sobre a Arte Real, estando os  supostos rituais e formas de reconhecimento maçónicos publicamente na internet, bastando apenas alguma perca (ou ganho) de tempo; existem vários blogues e páginas maçónicas com informação fidedigna escritas por maçons (ex: “ A Partir Pedra ”); e inclusivé, as moradas das Respeitáveis Lojas são de domínio público e encontram-se elas, registadas em Conservatórios Notariais.
Logo, com tanta informação e publicidade feita, como se pode assumir que a Maçonaria é uma sociedade secreta?!
Só posso afirmar que não o é, de todo!
Aliás, se a Maçonaria fosse uma sociedade secreta, não estariam agora a ler estas linhas, pela simples razão de que este espaço não existiria à vista profana.
Post Scriptum: Quem quiser “bater à porta”, saberá certamente onde se dirigir…

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para escutar (4)...


A ária da "Rainha da Noite", pertencente à Ópera "A Flauta Mágica" de Wolfgang Amadeus Mozart.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sugestão Literária (4)...


  A sugestão literária que hoje Vos trago, é um livro de Christian Jacq, “O Monge e o  Venerável”.
 O enredo deste livro leva-nos ao tempo da Segunda Guerra Mundial, à França ocupada pelos nazis.
  Esta estória baseada em fatos reais, aborda a detenção de maçons no decorrer de uma sessão de loja em Paris, e a de um monge católico, que posteriormente partilham em conjunto a mesma cela.
  O debate que fruiu entre o venerável da Loja e o monge durante o seu encarceramento é o tema central do enredo desta obra.
  É bastante interessante este livro, tanto do ponto de vista histórico como do filosófico, pois as situação abordadas por ele, tocam-nos no coração, em virtude das duvidas que ambos os intervenientes principais do livro têm, bem como pela situação vivida por eles.
  A ler e a comprar, pois não é por demais ter este livro na nossa biblioteca pessoal, porque este livro é daqueles que se lêem e se voltam a reler…
Aqui fica: “O Monge e o  Venerável”, de Christian Jacq, Bertrand Editora.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Boa Páscoa!!!

  Faço votos de uma boa Páscoa ou de uma boa Pessach (como o preferirem).
  Para os católicos este é um tempo de reflexão, pois simboliza a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, o Messias cristão.
  Para os judeus, esta época do calendário simboliza a “fuga” dos judeus cativos no Egipto, em direcção à Terra Prometida por Yahvé. Mas principalmente refere-se à noite em que Moisés pede aos judeus para sacrificarem um cordeiro e que com o sangue derramado, pintassem as ombreiras das portas de suas casas, para que eles não sofressem com a décima praga, a passagem do anjo da morte que Yahvé enviou ao Egipto, e com esse sacrificio  não morressem os seus filhos primogénitos.
  Bem, tirando a parte mais religiosa da festa, esta é também uma época de gulodice e de estragar a dieta. Por isso, faço votos de muitas amêndoas e chocolates na barriguinha.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Visitando a Quinta da Regaleira (4)...


O Banco dos Galgos, onde existe uma clara referência ao 5-1-5 da "Divina Comédia", escrita por  Dante Alighieri.


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Livres e de Bons Costumes...

A obrigatoriedade de um candidato a Maçon (e posteriormente, continuar a …) ser livre e de bons costumes, remonta à época da fundação da Maçonaria Especulativa, no século XVIII, época do Iluminismo. Essa mesma obrigatoriedade é um dos Landmarks que regem a nossa Augusta Ordem e na sua observância e cumprimento dos mesmos, garante a Regularidade Maçónica à nossa Muito Respeitável Obediência (GLLP/GLRP).
  Quanto à premissa de ser-se livre”, deve-se ao fato de à época, ainda existir a escravatura em vários locais do globo e como tal, para se ser iniciado era necessário ser-se “livre”, isto é, não ser “pertença de ninguém”. É claro que hoje em dia, essa obrigatoriedade não se põe, apenas se mantém essa premissa devido ao enorme simbolismo que a mesma acarreta. Porque hoje em dia todos somos pessoas livres. Só não o é quem se encontrar detido devido ao cumprimento de penalização criminal, e se encontrar-se nessa condição, logo não será iniciado.
Também quando se diz que o candidato deve ser livre, ele deve ser livre de dogmas e ter uma mente aberta. Livre de dogmas porque lhe permite discutir, debater; e ter a mente aberta, porque isso lhe proporcionará a interpretação da vasta simbologia inerente à Maçonaria.
  Em Maçonaria, costuma-se dizer que se deseja um “Homem Livre”, pois é do entendimento da Ordem, que o homem não deve estar submetido a vícios e paixões tais, que o prejudiquem ou condicionem a sua própria vontade; sendo que por isso mesmo, um dos trabalhos do Maçon, é “vencer as suas paixões…”.
  E essa submissão da vontade, é apenas a vontade de aprender, de se tornar melhor pessoa, seguindo os costumes e preceitos da Arte Real. Em nada lhe é retirada a sua liberdade ou condicionada a sua opinião.


  Mas também como livre se poderá entender por alguém que se consegue sustentar, que consegue cumprir com as despesas habituais em Maçonaria, com ações de solidariedade e caridade, tronco da viúva, com quotas e paramentos, etc, sem com isso prejudicar o sustento da sua família. Por isso livre, de liberto de condicionalismos financeiros que prejudiquem ou penalizem a sua família pelo fato de ser Maçon.
   Os “bons costumes”, são (quase) como uma obrigação para se viver em liberdade e cidadania na nossa Sociedade. Logo, a Maçonaria que se quer como uma instituição que atua na Sociedade Civil, através dos bons exemplos de conduta dos seus membros, aproveita e exalta a sua moralização de costumes.
Sendo que por “bons costumes” entendamos a observância e cumprimento de bons princípios e preceitos morais e sociais, boa retidão da conduta pessoal, o respeito e a tolerância pelo próximo e pelas suas ideias, o respeito pela Família, ser um bom trabalhador….
Enfim, tudo o que se quer como características pertencentes a um “Homem Bom”.
E à Maçonaria interessa ter nas suas fileiras homens assim“livres e de bons costumes”, os outros são dispensáveis…

segunda-feira, 11 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"A Partir Pedra"...


O Blogue "A Partir Pedra ", escrito por Mestres Maçons afetos à Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues Nº5 GLLP/GLRP (Respeitável Loja da qual faço parte do seu Quadro de Obreiros), fez questão de publicitar aqui o " Pedra de Buril".

Desde já, envio os meus Agradecimentos aos meus queridos Irmãos Mestres, pela sua atenção a este espaço que ainda agora começa a caminhar. Esperando eu um dia, que este espaço se encontre ao nível da enorme qualidade do seu blogue irmão "maior" .

Aqui fica o link : "A Partir Pedra".  A Visitar!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Visitando a Quinta da Regaleira (3)...


A presença do Grande Arquiteto do Universo no teto da entrada da Capela Crístico-Neotemplária da Quinta da Regaleira.

domingo, 3 de abril de 2011

"A Cadeia de União"...

  É quando se forma a “Cadeia de União” que o Maçon tem um contato mais amplo com os seus Irmãos. Pois é na Cadeia de União que o Maçon recebe e envia a sua energia para os restantes Irmãos através da sua meditação. É nessa simbiose, nesse canalizar de vontades e de pensamentos, que se potencia a união que envolve os Maçons.
 Logo, a “Cadeia de União” é um dos pontos altos de uma sessão maçónica, e não há uma sessão sequer, onde ela não seja executada, tendo um cariz universal. Nela são partilhados os sentimentos e pensamentos dos Maçons em relação aos seus Irmãos, independentemente do local do globo de onde se encontrem, e lhes enviam os desejos de rápidas melhoras (aos que se encontrem enfermos) e de um breve regresso a casa (aos que se encontrem longe de seu lar)... Sendo que, através de uma perfeita execução da Cadeia de União, que melhor se desenvolve o sentimento e espírito de fraternidade que existe entre os Maçons. E só apenas, depois da sua execução ritual, é que em Loja se despedem os obreiros felizes e satisfeitos…
  Os maçons intervenientes na execução da cadeia de união, apesar de serem “peças” soltas; formam no seu conjunto, uma única parte. Pois apesar da sua própria individualidade, os seus desejos são uniformes e a bem da Humanidade. Sendo a Cadeia de União executada através da esquadria que deve persistir na conduta do Maçon.
  Mesmo no Templo Maçónico, a Cadeia de União está sempre representada em permanência. Sendo simbolicamente representada através dos ornamentos da Loja. Quer através da “Orla Dentada” que circunda o Pavimento Mosaico, quer pela “Corda dos 81 nós”.
  Pela orla dentada, simbolizando o sentimento de fraternidade que liga todos os Maçons no mundo inteiro. E pela corda dos 81 nós, simbolizando os laços de amor que devem unir os Maçons e a comunhão de ideias que devem todos os Maçons partilhar.
  Concluindo-se assim, que a Cadeia de União é uma partilha mútua de sentimentos e desejos que une os Maçons entre si, estejam eles onde estiverem…
Disse.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sugestão Literária (3)…


Hoje trago-vos o livro “Salazar, o Maçon” de José da Costa Pimenta.
  Este livro é uma obra interessante do ponto de vista em que sugere a teoria de que António de Oliveira Salazar teria ligações à Maçonaria Portuguesa.
  Nos vários capítulos do livro, o autor aborda e analisa várias situações decorrentes do comportamento e forma de agir de Oliveira Salazar; que segundo o autor, denunciariam a sua suposta pertença à Ordem Maçónica. Quanto a provas e confirmações desta teoria, não há nada que o comprove a não ser as ideias do autor.
  Sabe-se que Oliveira Salazar teve uma relação forte com a Igreja Católica, devido à sua educação e formação pessoal, bem como à sua enorme amizade com o Cardeal Cerejeira, pessoa importante no regime do Estado Novo.
Todos sabemos que a Maçonaria foi bastante discreta durante o Estado Novo, fruto de alguma perseguição por parte da P.I.D.E., mas nada existe a comprovar uma relação directa entre esta e alguma opinião pessoal anti-maçónica por parte de Oliveira Salazar.
  Do que li, nada me fez chegar à conclusão de que Oliveira Salazar foi efetivamente maçon a não ser algumas coincidências comportamentais em certas ocasiões, algumas contudo retiradas por certo, do contexto de onde sucederam para poderem justificar a opinião do autor (minha opinião).
  De facto, o livro é interessante apenas devido às congeminações feitas pelo autor e principalmente pelo apêndice final, em que vêm publicadas várias supostas fórmulas de reconhecimento entre maçons de vários graus, desde o primeiro grau ao trigésimo terceiro grau do Rito Escocês Antigo e Aceite. Algo que para profanos é sempre mais um ponto de interesse. Não posso confirmar se na realidade estas fórmulas de reconhecimento são verdadeiras, pois não conheço grande parte dos graus deste rito, mas mesmo que os conhecesse, nunca eu os poderia revelar ( por razões óbvias).
  No seu todo e na minha honesta opinião, acho o livro um pouco pobre de conteúdo, isto é, o autor mistura vários contextos maçónicos sobre variadíssimos graus como se fosse tudo a mesma coisa. (Não percebo qual a sua intenção ao efectuar tal confusão, só decorrendo a mesma da sua iliteracia maçónica, por suposto). Para além de que, esta obra não traz nada de novo a um género literário já tão cheio de supostas teorias que apenas fomentam a desinformação ou confusão entre os leitores. Sendo por isso, que ficará ao critério dos leitores desta obra; se a informação revelada por Costa Pimenta é real e factual ou não.
  No fundo, parece-me em meu entender que o autor ao querer revelar per si supostos rituais maçónicos, utilizou o nome de Oliveira Salazar apenas como mote para publicitar o seu livro.
Fica aqui a minha sugestão literária:  “Salazar, o Maçon” de José da Costa Pimenta, Bertrand Editores.
A ler…