Fausto Bordalo Dias, nome pelo qual é
conhecido Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, canta-autor português; e que apesar de ter sido registado em Vila Franca das Naves, Trancoso, tem a particularidade de nascer a 26 de Novembro de 1948
a bordo do navio “Pátria” que se encontrava em trânsito de Portugal para Angola.
Autor e cantor português, dá primazia
à língua nacional nas suas composições líricas, tendo várias delas sido
trauteadas de “boca em boca” não só cá pelo nosso “rectângulo” bem como fora das
nossas fronteiras.
Em 1987 lança o álbum “Para lá das cordilheiras”, onde desponta
o tema que abordo nesta minha publicação de hoje, a canção “Do Ocidente a Oriente”.
Da leitura atenta da letra desta
canção, certamente encontraremos pontos de contacto com a vasta simbologia que
encerra a Augusta Ordem Maçónica.
Deste modo, deixo aqui abaixo
transcrita a letra desta canção, para que cada um faça a sua análise pessoal;
pois os símbolos, todos eles terão
várias perspectivas e abordagens, dependendo de quem faz a sua análise e do seu
ponto-de-vista, as quais, certamente, algumas se encontrarão mais correctas ou
próximas da realidade e outras nem tanto, mas cada análise ou estudo serão
sempre realizados com o empirismo adequado para tal…
“Do Ocidente a Oriente”
suavemente levados
sob uma abóbada azul
caminhámos lentamente
p’lo norte ocidente e
sul
para ver o sol nascer
e a lua no seu Outono
toda a harmonia é
perfeita
nos quatro cantos
oblongos
levados p’las mãos de
alguém
p’lo sul ocidente e
norte
meu bem
-
Vénus enfeita o
universo
enfeita-o com toda a
beleza
Hércules guarda-o
sempre
com toda a força e
firmeza
e junto a Minerva
repousa
a luz da sabedoria
que letra a letra
cinzela
a doce palavra utopia
que de este a oeste
provém
como se fosse amanhã
meu bem
-
para lá das
cordilheiras
nasce o sol de outra
nascente
p’lo norte ocidente e
sul
chegámos junto ao
oriente
e como um segredo
profundo
que o saber guarda e
segreda
o dia ergueu-se sublime
luz das entranhas da
pedra
e vieram todos os
sonhos
todas as raças e credos
chegaram todos iguais
mas sendo isto mistério
chegou-se a noite
também
chegou tão calma e
serena
que o mundo já dorme em
paz
meu bem
WebGrafia:
PS: Como curiosidade, convido a
auscultação desta versão deste tema realizado em 1997 pela Né Ladeiras…
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