Enquanto a silly
season se apresentou calma para a atividade
da época (para o meio maçónico, e para o profano também…), eis que na rentreé, mais uma vez a Maçonaria voltou
à baila.
Desta feita, foi através de um comentário efetuado na caixa de comentários de um blogue
nacional, e onde foi publicada uma suposta lista de maçons supostamente
filiados no Grande Oriente Lusitano . Não sei se a lista é fatual ou
verdadeira, o que honestamente não me importa. O que me incomoda realmente, é o
sentido pidesco que ainda frui hoje
em dia, com a publicação sistemática de supostas listas e agendas que os maçons
têm, fruto de teorias conspiratórias vãs e que normalmente se demonstram ao fim
de algum tempo como erradas (sim, porque o tempo tudo prova…).
Como o autor deste singelo blogue, não tem “telhados de
vidro”, e tem orgulho naquilo que é ( seja o que for, faz parte da minha identidade), pouco me importa se o meu
nome vem publicado em listagens ou não, uma vez que a minha filiação maçónica é
pública.
O que me chateia é o facto de alguém ainda nestes dias que
correm puder ser prejudicado por ser isto
ou aquilo, isso sim chateia-me imenso!
Da mesma forma como este pensamento mesquinho que ainda
existe nas mentes portuguesas em pleno século XXI. A ditadura do Estado Novo
formatou e doutrinou a mente portuguesa de tal forma que mesmo após o 25 de
Abril de 1974, e depois de o Povo ganhar a merecida Liberdade, ainda mantém os
mesmos preconceitos e axiomas que antes tinha.
Hoje em dia, fala-se muito de valores como a Liberdade,
Igualdade, Tolerância, Direitos para toda a gente e tal…, mas quando se fala em
maçons e Maçonaria, parece que para uma boa franja da população nacional, nem os maçons nem a
Instituição deveriam existir ou então obrigatoriamente se deveriam assumir como tal, dando
a ideia que os direitos são para uns e os deveres somente para outros. E é este
mesmo pensamento obtuso que contemporaneamente ainda condiciona os maçons e a
Maçonaria na sua forma de estar e agir na Sociedade em que se inserem.
Qualquer pessoa de bem,
com o mínimo de inteligência, curiosidade e tal…, poderá pesquisar seja na
internet, na literatura, etc etc, o que é a Maçonaria, a sua “ação”, quem foram
os seus membros ilustres que contribuíram (e ainda contribuem) para o Progresso
da Humanidade.
Em países como os Estados Unidos da América, Brasil, países latino-americanos,
países nórdicos europeus, a exposição pública da Maçonaria é constante. Seja em
ações de beneficência, em palestras e tertúlias, desfiles, de tudo um pouco,
pois os maçons nesses países exibem orgulhosamente a sua condição maçónica. Mas
na Tugolândia, parece que ser maçon é
ser algo de ruim e de prevaricador. O que anda muito longe da realidade!
Quem se interessa por Maçonaria de facto (!) pode encontrar
diverso material para se informar condignamente e assim melhor compreender a
Ordem; Mas, se a sua intenção é apenas fazer “conversa de café” e criticar e
difamar ( algo tão comum na mente lusa) e continuar a criticar o que não
conhece e nem entende (porque assim não o quer fazer!) apenas demonstra a ignorância e pequenez em que vive.
Por vezes a Maçonaria também se põe a jeito, filiando gente
que nunca o deveria ter feito, mas erros e más rezes existem em todo os sítios
onde o Homem se encontra e é com os erros que se aprende e se progride também,
mas condenar uma Instituição e a generalidade dos seus membros pelos erros de
uns poucos, é pouco dignificante para quem o faz. Pois toma todos por uns… Não
se “mata” uma floresta por existir um “mau” arbusto, no limite arranca-se o dito…
Mas quem continuadamente condena a Ordem, seja pela sua
discrição (porque secretismo não o vejo como tal, tanta foto circula pela
internet inclusive supostas listas e também listas verdadeiras expostas pelas
próprias Lojas) seja pelo que for… bem pode olhar para a sua vida particular
porque por certo encontrará na sua “privacidade” tema suficiente de conversa e
preocupação e crítica suficiente para deixar de se preocupar com a vida dos
outros e das suas escolhas e decisões pessoais.
E este novo “caso” é fruto disto mesmo, a típica “conversa
de café”, do “disto e daquilo”… e da curiosidade sobre a vida alheia…tão portuguesa...
PS: Agora vou ali limpar umas teias de aranha, porque gosto
pouco de aranhiços e de coscuvilhices…
Limpa limpa porque de contrario crescem com os papalvos.... Taf!
ResponderEliminarBoas Candido...
ResponderEliminarA curiosidade sobre a vida alheia, tão cara à mente lusa tem destas coisas...
TAF
Creio que o ideal, para além de identificar todos aqueles que são da maçonaria era identificar os que são católicos, islâmicos, judeus, comunistas, sportinguistas, benfiquistas, todos os que acabem em .....istas, os que acreditam em deus, os que não acreditam, os que deviam de acreditar e todos aqueles que pertencendo a alguma coisa, ou não, mas possam vir a pertencer, porque assim quando se acabar com os maçons, se possa escolher qualquer outro grupo que nesse momento deixe de agradar a B ou C, exista ou não alguma e ou qualquer razão. Para dizer a verdade eu até acho bem, para além dos já mencionados, deviam de incluir aqueles tipos que têm o desplante de reclamar direto de liberdade e direito de escolha, era o que faltava existir para ai tipos a pensar sem serem controlados.
ResponderEliminarQue tristes mentes, que vergonha é ter gente que violando as liberdades mais básicas dos outros possam continuar impunes ao abrigo daquilo que eles já violaram "livre direito de pertença a qualquer instituição, liberdade religiosa, liberdade partidária, liberdade de filiação, liberdade de escolha, liberdade de opção seja ela sexual, racial, étnica, crença e ou mesmo de direito, sim aquele direito a que cada um de nós têm direito a ter O DIREITO A SER LIVRE".
Subscrevo na íntegra o teu pensamento.
ResponderEliminarabraço