A Maçonaria é uma instituição iniciática de carácter
fraternal, logo é uma “fraternidade”.
Uma fraternidade de irmãos não de sangue mas de irmãos unidos pela virtude; pois tudo o que por ela
foi unido jamais será separado…
E é vivendo essa união
fraternal que o maçom complementa o seu trabalho. Ela está lá, ela existe (para
assim persistir…).
Na Maçonaria, qualquer Irmão é igual entre si, a Igualdade
existe seja para quem for, seja para o que faz na sua vida profana. Dentro da Maçonaria todos são iguais! E sempre que algum maçom necessitar de auxílio, alguém “correrá”
em seu socorro. Mas todavia, essa “corrida” apenas existirá se a necessidade de
auxílio for real e se dela não se depreender nada que seja ou se torne ilegal.
Nada em Maçonaria é ilegal!!!
As leis do Estado, as leis
morais e sociais, da Sociedade onde se vive devem ser sempre(!) respeitadas,
sob pena do não auxílio e/ou consequente pena de expulsão da fraternidade maçónica. E se bem que se
fala em auxílio, nem sempre o mesmo terá de ser necessariamente financeiro. Uma
boa maioria das vezes o auxílio que se pode dar ou oferecer é a presença, a
companhia, um bom conselho, uma palavra de estímulo para algo, ou simplesmente
um abraço caloroso. E nada disso é de somenos importância. Pois um irmão assim
deve agir, tal como o faz com a sua “família de sangue”. A Maçonaria é apenas
uma família de acolhimento que ele escolheu para prosseguir também o seu
caminho de aperfeiçoamento moral.
Tal como um bom amigo meu (e Mestre Maçom) diz: “ Na
Maçonaria faz-se amizade “pret-a-porter”
, isto é, em qualquer parte do mundo, um maçom tem um amigo, um irmão que o
guiará, que o auxiliará no que lhe for necessário e lhe seja possível assim o fazer. E de facto é isso mesmo, um maçom só está “obrigado” a
prestar a ajuda que lhe for possível e mais nada que isso lhe é exigido.
E é essa sensação
de ajuda, amizade, presença e pertença a algo maior que permanentemente existe, que incute a vivência da
fraternidade de uma forma que se de outra maneira fosse, não o seria possível
de o fazer e vivenciar! E é vivendo esta troca de sentimentos, esta partilha, que o
sentimento fraternal cresce e se vai solidificando entre os irmãos.
Quando um recém maçom, recente Aprendiz, neófito ainda, é
cooptado pela Loja, terá logo à sua volta quem lhe transmitirá esses valores
fraternais, esses valores familiares que
infelizmente nos dias que correm nem sempre se encontram ou se reconhecem na família de origem… Naqueles “novos
familiares”, o neófito encontrará alguém que o poderá guiar, apoiar, ensinar, e
que acima de tudo o vai criticar. Sim, criticar! Nem toda a crítica tem de ser pejorativa
e nem todo o auxílio tem de ser assertivo. Faz-se o que é possível e necessário
para o bom encaminhamento do recente Irmão.
É bem verdade que de início a integração na Loja possa
parecer difícil, pois se estará num local onde caras que não se conhecem e que
nos são estranhas nos tratam de imediato como se nos conhecessem há vários anos
e/ou fizéssemos parte dos seus amigos ou familiares. E por mais que diferente
pensemos ou mais diferente opinemos (e
existem muitas e diversas formas de pensar entre maçons! E principalmente maçons
de diferentes culturas, origens sociais e financeiras), a tolerância e o mútuo
respeito sempre existe e se encontra à frente de tudo. E a bem da verdade, é assim que se passa e assim se deve passar
entre irmãos, pois a partir daquele momento em que temos um vislumbre da “Luz” , passamos a ser todos parte de
uma grande família, a Maçonaria. E que juntos
seguimos o nosso caminho, num trajeto
pleno de virtude e amor fraternal, ou não tivessemos também como mote a frase
latina “ Virtus Junxit, Mors Non Separabit”…
Virtus Junxit, Mors Non Separabit”… Claro Nuno, porque a morte não existe!
ResponderEliminar... é só e apenas a mudança de um estado para outro...
ResponderEliminarMuito bem Candido!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro I.´. Nuno,
ResponderEliminarPor intermédio da Luz recebida (ainda reverbera em minha´lma) na ocasião da cerimônia de minha iniciação na Arte Real (ocorrida em 26 de maio de "6012" no oriente de Fortaleza, CE - Brasil, sob os auspícios da M.´. R.´. L.´. Fraternidade Cearense nº 106, filiada a G.´. L.´.M.´.E.´.C.´.E), o exercício da Fraternidade ganhou tamanha amplitude, que me vejo admirado diante de um sentimento o qual julgava(ah! minha vã filosofia) conhecer.
Senhores os quais nunca havia tido qualquer interação, estranhos por assim dizer, ao reconhecimento dos laços de irmandade, abrem os braços com afeição sincera e digna de familiares próximos. Em ambientes maçônicos, há a percepção e entendimento natural que os que estão ali congregados são "irmãos", mas quando ocorre em situações adversas, locais inóspitos, momentos díspares, este reconhecimento ganha tamanha magnitude que nos arremessa a essência do SER. Antes o que era conjectura, plano, projeto, torna-se real, vivo, profundo.
Em sociedades onde a individualidade é deturpada as raias do egoísmo, onde o estímulo é para a competitividade amoral, aética e não ao ato colaborativo, tal conduta, é peculiaríssima. Mas, como afirmei, é um exercício. E este necessita, em minha opinião, de dois pré-requisitos para que possa ser realizado em sua plenitude: a tolerância e a compreensão.
Para o verdadeiro maçom, a vivência fraterna não pode e não deve ficar restrita aos círculos mais próximos, pois sua completude só é alcançada quando este nobre sentimento é vivenciado direta e permanentemente na sociedade ao qual está inserido. O canteiro é então trabalhado com determinação, disciplina, força. Sob o olhar terno, minuncioso, enlevado da sabedoria. Para que a Magna Opera resplandesça com a mais pura beleza. Para que todos, maçons ou não, estejamos conscientemente integrados ao Uno.
A mim meus Irmãos!
À Glória do Grande Arquiteto do Universo!
Boas I:. Jocelino,
ResponderEliminarfico deveras contente por ter recebido a "Luz".
De facto, pode agora testemunhar in loco aquilo que eu vou partilhando por aqui no que toca fundamentalmente ao "método maçónico".
3 Fortes Abraços Fraternos!!!
I.'. Nuno, agradeço muitíssimo. Este Blog e de nossos queridos II.'. do A Partir Pedra são minhas principais fontes na web de apoio aos estudos da Arte Real. E diante deste mundo novo que se descortina, de desafios tamanhos e muitas oportunidades, ter acesso a informações confiáveis é um verdadeiro alento. Continue com este belo trabalho Nuno. Caso necessite de apoio, me disponho humildemente as suas ordens. Um Tríplice e Fraternal Abraço!
ResponderEliminarTomei liberdade de adaptar pequenos trechos de vosso belíssimo texto para a comunidade motociclistica. Não lhe retirei a essência nem tive a ousadia de comparar vossa irmandade com a motociclistica.
ResponderEliminarNão sinta-se lesado, mas elogiado.
Estou a vosso dispor para maiores esclarecimentos
Sabedoria e tempo, uma construção que na qual busco lapidar todos os dias, a tolerância se solidifica dando um equilíbrio a obra. De forma grandiosa e aos redor busco aprender sobre a obra, feliz por conseguir iniciar meu filho como domolay. Espero que siga o caminho.
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