sábado, 30 de julho de 2011

Sobre o “assassino” de Oslo…

No decorrer desta semana, tenho assistido ao que já se denomina o “Massacre de Oslo”. O que me causou uma enorme tristeza e compaixão pelos falecidos.
Mas mais desolado fiquei, quando tive conhecimento que o seu perpertor, o norueguês Anders Breivick era um iniciado maçom. E digo era, porque já não o é! (E ainda bem!!!)
Logo após este trágico acontecimento, a Grande Loja da Noruega já veio  assumir a público a filiação maçónica e expulsão de Anders Breivick .
É este tipo de gente que devido aos seus atos que mancham a reputação da Ordem Maçónica.
Como pode ter tal personagem ter sido iniciado na Maçonaria?! Pois, de facto todos nós nos questionamos.
Se foi cooptado através de um “Processo de Inquirição” mal executado e de fraca qualidade?
Se conseguiu através de “malabarismos” vários, enganar os seus Inquiridores e Irmãos?
Se à época da sua Iniciação, era ainda uma pessoa dita “normal”? E só posteriormente veio a tornar-se no tresloucado que é? (Uma pessoa normal não comete assassínios, muito menos em massa…)
Mas existem uma multitude de possibilidades de resposta que só o próprio poderá assumir qual a real.
O que interessa de facto, é que Anders Breivick “poliu” muito mal a sua pedra bruta.
O problema é que durante o tempo que permaneceu na Maçonaria e a frequentar a sua respeitável Loja, não se moldou no seu carácter e nem se tornou uma pessoa melhor. Tanto ele andou por lá a perder o seu tempo (isto se não tinha segundas intenções) como fez perder tempo aos demais.
A Maçonaria Regular (no caso a da Noruega) defende a Liberdade dos Povos, de Credos e Religiões, e afasta-se de qualquer discussão política partidária em Loja. O que só por si, deveria ter levado a Anders Breivick a afastar-se da Maçonaria. Apesar dos ritos praticados na Noruega serem essencialmente de cariz cristão, a Maçonaria não renega outras confissões religiosas, e sendo o indivíduo, um cristão ferrenho e fanático, que não reconhece o direito à existência de outras religiões, bem como ser de extrema-direita, logo alguém pouco ou nada tolerante. E principalmente, ser xenófobo. Tudo aquilo que é contrário ao espírito maçónico.
Cada vez mais este tipo de erros de casting acontece, o que devia levar a uma melhor consciencialização de quem inquire, de quem convida e principalmente da respeitável Loja que acolhe. É este tipo de gente, que depois desonra os demais irmãos cumpridores da Lei, Liberdade e da Justiça. Que se vêm depois expostos na praça pública como pactuantes com este tipo de gente. Nada de mais errado!!!
Tanto que, assim que se soube da filiação maçónica do assassino de Oslo, a própria obediência veio a público condenar tais actos e lhe deu ordem de expulsão.
Mas mesmo que a Obediência não o expulsasse, duvido que ele continuasse a ser “maçom”, e digo duvido, porque para alguém o ser, tem de ser reconhecido como tal pelos demais. Logo, não acredito que os demais maçons no mundo inteiro o reconhecessem como irmão.
Eu pelo menos, não!!!

4 comentários:

  1. Boas Nuno
    O que para alem disto lamento, é ver esta gente usar símbolos e figuras históricas que nada têm a ver com eles nem tão pouco com os direitistas ditos soft!
    Abraço

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  2. Boas Candido...

    Sim, para além dos seres humanos que faleceram, o que também me aborrece, é o facto de alguém, escudando-se em simbolos e princípios morais, os utiliza para causa menos nobres. Neste caso, para causas diametralmente opostas aos simbolos em questão.

    abraços

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  3. Boas Nuno
    Mas ao menos, na Noroega vieram imediatamente a publico decretar a sua imediata expulsão, coisa que a bem da justeza para com a maçonaria PT, deveria também acontecer por cá, com alguns " nada irmãos " que por ai andam á solta e que deviam estar era com os costaços na " caserna ".

    Nuno

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  4. Boas Streetwarrior,
    se calhar as cadeias tb têm lá alguns maçons. O que não acontece é que talvez se faça publicidade a isso, porque isso também não é um assunto nem tema relevante para a vida pública.
    Que se condeve quem tem de se condenar, que se inocente quem se tiver de inocentar. Esse é o princípio que a Justiça ou os tribunais devem ter, independentemente de quem é o réu.

    abraços

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