sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

“A Luz (2)…”

Na Maçonaria o conceito de Luz encontra-se presente em permanência.

Já neste espaço fiz uma pequena alusão a ela e agora passado algum tempo volto a este tema ...

De momento não irei proceder a qualquer análise metafisica ou filosófica referente à Luz, mas apenas abordar alguns aspectos desta (Luz) no contexto de uma  Loja Maçónica.

Numa Loja Maçónica existem cerca de 5 tipos ou classificações  referentes à Luz...

Ou seja, a Luz que provém do Grande Arquitecto do Universo, as Luzes Maiores, as Luzes Menores, as Luzes Litúrgicas e as Luzes Fixas, para além da luz que é emanada pelas várias "estrelas" que se encontram espalhadas pelo Templo Maçónico:

·        A Luz provinda da presença no Grande Arquitecto do Universo e representada a Oriente pelo Delta situado acima do Venerável Mestre.

·         As Luzes Maiores da Maçonaria, assim consideradas por todos, são o Esquadro, o Compasso e o Volume da Sagrada Lei.

·        As Luzes Menores, são cargos/ofícios que se praticam em Loja nomeadamente, o Venerável Mestre, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante.

·        Já as Luzes Litúrgicas, essas são as luzes, emanadas, das "estrelas", que se acendem (e apagam) durante o decorrer de um determinado momento da celebração de uma sessão maçónica, para além de que elas mesmas são, também, consideradas como os "pilares da Loja", sendo estas a Sabedoria, a Força e a Beleza...
Estas "luzes"encontram-se também representadas nas secretárias dos seus respectivos representantes em Loja.

·       E as Luzes Fixas, estas "luzes" são assim designadas por serem as janelas que se encontram presentes e que figuram no Painel de um determinado Grau maçónico, encontrando-se estas localizadas no Oriente, Sul e Ocidente do respectivo Painel de Loja.

Assim, com alguma simplicidade, abordei sinteticamente o que à Luz, de uma forma mais técnica, num Templo Maçónico lhe concerne. 
Outras reflexões sobre a mesma( Luz) remeto para mais tarde…

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

" Para escutar" (27)... “Do Ocidente a Oriente” por Fausto Bordalo Dias…


Fausto Bordalo Dias, nome pelo qual é conhecido Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, canta-autor português; e que apesar de ter sido registado em Vila Franca das Naves, Trancoso, tem a particularidade de nascer a 26 de Novembro de 1948 a bordo do navio “Pátria” que se encontrava em trânsito de Portugal para Angola.

Autor e cantor português, dá primazia à língua nacional nas suas composições líricas, tendo várias delas sido trauteadas de “boca em boca” não só cá pelo nosso “rectângulo” bem como fora das nossas fronteiras.

Em 1987 lança o álbum “Para lá das cordilheiras”, onde desponta o tema que abordo nesta minha publicação de hoje, a canção “Do Ocidente a Oriente”.

Da leitura atenta da letra desta canção, certamente encontraremos pontos de contacto com a vasta simbologia que encerra a Augusta Ordem Maçónica.

Deste modo, deixo aqui abaixo transcrita a letra desta canção, para que cada um faça a sua análise pessoal; pois os símbolos, todos eles terão várias perspectivas e abordagens, dependendo de quem faz a sua análise e do seu ponto-de-vista, as quais, certamente, algumas se encontrarão mais correctas ou próximas da realidade e outras nem tanto, mas cada análise ou estudo serão sempre realizados com o empirismo adequado para tal…

Do Ocidente a Oriente

suavemente levados
sob uma abóbada azul
caminhámos lentamente
p’lo norte ocidente e sul
para ver o sol nascer
e a lua no seu Outono
toda a harmonia é perfeita
nos quatro cantos oblongos
levados p’las mãos de alguém
p’lo sul ocidente e norte
meu bem
-
Vénus enfeita o universo
enfeita-o com toda a beleza
Hércules guarda-o sempre
com toda a força e firmeza
e junto a Minerva repousa
a luz da sabedoria
que letra a letra cinzela
a doce palavra utopia
que de este a oeste provém
como se fosse amanhã
meu bem
-
para lá das cordilheiras
nasce o sol de outra nascente
p’lo norte ocidente e sul
chegámos junto ao oriente
e como um segredo profundo
que o saber guarda e segreda
o dia ergueu-se sublime
luz das entranhas da pedra
e vieram todos os sonhos
todas as raças e credos
chegaram todos iguais
mas sendo isto mistério
chegou-se a noite também
chegou tão calma e serena
que o mundo já dorme em paz
meu bem

WebGrafia:
·        Central de Artistas.Pt
·        Discogs.com
·        Casa da Música.com
·        Wikipédia-Pt

PS: Como curiosidade, convido a auscultação desta versão deste tema realizado em 1997 pela Né Ladeiras…